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Ao pão estão associadas outras formas de alimentação. Girão fala-nos do Caldo a Norte do Tejo, normalmente casado com pão partido à força de mão; das  Migas e da Açorda a sul do Tejo, em que o pão sofre outras cozeduras e transformações; até ao  Xérem algarvio que usa a farinha de milho para agregar alguns produtos de origem animal (carne e bivalves) e que era confeccionado com grãos de milho seco quebrados no pilão, cozidos em água e sal. A estas sopas há que juntar as de Cavalo Cansado, que muitas vezes serviram de mata-bicho e para enganar a fome a uma população mal remediada que tinha na sua força de trabalho o ganha-pão. Assim, com pão se ganhava o pão.

Pão no património culinário

Os pães tradicionais, quer de trigo, quer de centeio, quer de milho, fazem parte do nosso património culinário. São produtos culturais e familiares que sobrevivem enquanto dão resposta a uma necessidade, a uma expectativa, a um plano alimentar, gastronómico e identitário. Assim, as Terras de Pão que têm associadas confrarias, feiras, festas, rotas, associações e parques molinológicos em lugares que têm no pão o seu ex-líbris, como sucede, entre outras, em Terena (Reguengos de Monsaraz), em Caçarelhos (Vimioso), em Tomar, em Favaios, em Ul (Oliveira de Azeméis), fazem parte de um património a valorizar.

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